28 de janeiro de 2016

Mais teste



É na segunda parte que o objetivo real do livro começa a surgir, ele começa a descrever o que é a escrita e, simplesmente, diz que é telepatia pura, porque nenhuma das pessoas que participam da comunicação (o escritor e o leitor) abre a boca para se comunicar.

“E aqui vamos nós – telepatia de verdade em curso. Você vai notar que não tenho nada na manga e que meus lábios nunca se mexem. E é bem provável que os seus também não.” (p. 95).

Ele diz para não encarar a escrita de maneira leviana, e sim para levá-la a sério.

“Mas é a escrita, cacete, não é lavar o carro ou passar delineador. Se você levá-la a sério, podemos conversar. Se você não puder ou não quiser, é hora de fechar o livro e ir fazer outra coisa.” (p. 96).

Em outra parte do livro, ele destaca que todo escritor deve ter uma caixa de ferramentas (dessas de bandejas e várias gavetinhas). Algumas das ferramentas que devem estar nessa caixa são: o vocabulário e a gramática. Além de dar diversos conselhos relacionados à forma e estilo, parágrafo, um breve desabafo sobre advérbios e muito mais que acrescenta na vida de um escritor.

Ela e a bicicleta



Já fazia algum tempo que ela não saia de casa. Apenas criava suas histórias dos limites de sua casa para dentro de seu quarto. Claro que a maioria delas eram inventadas por ela. Então resolveu dar uma volta de bicicleta, “lembrar da minha infância”, foi o que pensou.

Quando era mais nova, seu maior passatempo eram os “rolês” de bicicleta pelo bairro com sua amiga. Nada a impedia. Ela adorava correr o mais rápido possível, subia e descia ladeiras com a maior facilidade do mundo.

Mas ela cresceu, não cabia mais naquela bicicleta, por mais que a amasse, seu pai a vendeu, sem dó, sem piedade. Era o certo, até porque aquela bicicleta só estava ocupando espaço.

Anos depois, lá estava ela sobre uma bicicleta maior, de acordo com sua altura, com marchas que ela nem sabia lidar. Ela sabia que estava sem jeito, perdeu a prática e quem sabe poderia levar algum tombo mais uma vez, como nas outras vezes que ela tentou voltar a andar. Ela tinha medo de cair, de não conseguir parar e bater com muito impacto em alguma parede ou ainda acabar debaixo de um carro.

Sempre pensando nisso, ela saiu com a bicicleta, meio desengonçada, mas foi em frente. Na primeira ladeira que apareceu quase se apavorou, então respirou e continuou. Sentiu todo aquele vento proporcionado pela velocidade em que estava e, por um segundo, teve medo. Chegando ao fim da descida, a velocidade foi diminuindo e deu tudo certo.

Seu coração pulava de alegria ao perceber que tinha conseguido vencer o medo, pelo menos naquele instante. Ela ainda sentia medo, ainda estava insegura, mas agora ela sabia que podia superar isso com o tempo.

Na volta, se deparou com aquela subida, então a enfrentou. Foi desgastante subi-la pedalando. Ao terminar, mais uma vitória. Ela entendia que conseguia. E planejava seus próximos passeios.

Na esquina de sua casa, estava tão distraída que nem notou um cachorro correndo atrás dela e assim a derrubou. Não foi nada demais, alguns arranhões nas mãos e joelhos. Isso poderia ser o fim de toda aquela esperança libertadora que tivera segundos atrás. Ela olhou para os ferimentos e em sua expressão era perceptível a dor que estava sentindo, mas quando levantou, era possível ver um sorriso. “Que saudades de cair”, disse enquanto juntava a bicicleta caída e entrou em casa. De volta ao mundo, o seu mundo.

Muitas vezes o cair é necessário, porque ele nos fortalece, desconstrói fantasias e cria experiências sólidas.

Miniatura


Doctor who representando aqui

O prisioneiro dos Daleks, de Trevor Baxendale, começa com a aterrissagem inesperada da TARDIS (Time and Relative Dimensions in Space – em português Tempo e Dimensão Relativas no Espaço) em Hurala, um antigo posto de abastecimento para quem passava por ali. 

Com isso, o Doutor depois de alguns dias preso, acaba se encontrando com uma tripulação de Caçadores de Recompensas (adivinhem) de Daleks, composta por Jon Bowman, Vanguarda, Scrum, Stella e Koral. O Comando da Terra pagava uma nota por cada Dalek morto e pedia um olho como prova.

Os Daleks também aparecem em Hurala e atacam esse pessoal, todos fogem para a Peregrina (nave da tripulação). Depois de partirem eles têm uma surpresa ao perceber que um Dalek estava a bordo. Tendo como prisioneiro e com os sistemas desarmados, resolvem interrogar a criatura. É a partir disso que a história começa se desenrolar.

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